A OH K é uma plataforma colaborativa, que inspira marcas e artistas a traduzir em produtos de design, temáticas reflexivas com o intuito de causar alguma transformação pessoal ou social.
Incentivamos o slow fashion e o consumo consciente através da quebra de padrões nos calendários da moda. A partir deste ano, nossas coleções não serão orientadas pelas estações, mas sim por um tema anual.
Este ano, lançamos o Movimento Naked Lady, que traz a discussão sobre os direitos da mulher e o feminismo no Brasil. Nosso objetivo é inspirar marcas, artistas e consumidores a refletir sobre o papel da mulher na sociedade a partir de questões de gênero, cor, nudismo, corpo, aceitação, auto-estima, liberdade e igualdade de direitos.
Com curadoria da OH K, 30 nomes de arte, moda, decoração e lifestyle que se destacam pela originalidade, autenticidade e produção 100% brasileira, participam do movimento com a marca madrinha Anacapri.
A Inspiração
Amaryllis Belladona: conhecida popularmente como Naked Lady, é uma flor delicada e venenosa de origem Sul-Africana, que possui um alto índice de alcalóides em sua raiz, sendo fatal para os humanos.
Mas por que uma flor venenosa remete à nudez feminina? O que a escolha deste nome revela sobre nossa sociedade patriarcal e repleta de machismo? Quem são as pessoas que mais sofrem com este tipo de associação? O que você sabe sobre o feminismo? Já pensou em como você pode transformar a si e ao mundo à sua volta a partir destas questões?
Movidas por tais perguntas, convidamos mais de 30 artistas e marcas de moda, decoração e lifestyle para lançar nossa primeira coleção colaborativa. Ficou interessadx em incentivar novos artistas e produtores locais do Brasil que defendem o feminismo? Vem aqui. : )
O que é o feminismo?
Feminismo é um conjunto de movimentos de caráter social e político, que tem em comum a defesa da equidade entre homens e mulheres nas mais diferentes esferas — econômica, política, jurídica, social e até mesmo nas relações de esfera privada — que busca combater opressões pautadas nas diferenças entre os sexos. A emancipação feminina e a afirmação de sua dignidade através da promoção da equidade são os grandes objetivos dos movimentos feministas.
Mas o que é equidade? Equidade é considerar as diferenças e singularidades de uma pessoa ou situação, que determina seu tratamento diferenciado com o objetivo de estabelecer o equilíbrio nas relações entre os sujeitos das diferentes esferas que compõem os espaços público e privado. A defesa pela equidade de gênero busca reparar injustiças através de ações afirmativas, tratando de forma justa as pessoas que se encontram em desigualdade e respeitando as singularidades de cada um. A equidade, portanto, tem relação com o conceito de igualdade, que pode ser entendida sob dois aspectos. A igualdade formal, que é, resumidamente, a igualdade de todos perante as leis, e a igualdade material, que reconhece as diferenças concretas entre as pessoas e busca garantir proteção àqueles que estão em posição de desvantagem. O feminismo é um dos movimentos que busca a igualdade não apenas em termos formais (pelas leis), mas também materiais (protegendo e compensando as mulheres das opressões sofridas), realizando assim a equidade.
É importante lembrar que homens e mulheres não são tratados de formas iguais e que ações para equilibrar as desvantagens das mulheres na sociedade são importantes para esse movimento. A existência de uma delegacia para mulheres, o conceito de feminicídio e as cotas para mulheres são alguns exemplos de como tratar os desiguais na medida de suas desigualdades.
Ao contrário do que muitos pensam, feminismo não é o oposto de machismo. O feminismo luta contra o sexismo, onde valores ligados ao gênero masculino ou feminino são colocados como superiores ao do gênero oposto, servindo de elementos para justificar opressões. No feminismo, buscamos equalizar esses valores e promover a existência harmônica e justa entre os indivíduos de ambos os sexos.
O que as feministas querem?
O conceito de feminismo é amplo, se divide em vertentes (liberal, radical, negro e interseccional, entre outros), suas demandas e pautas são múltiplas, podem ser muito distintas e as propostas que cada grupo busca para alcançar seus objetivos pode variar muito. Em diversos pontos, elas se encontram; em outros, são totalmente opostas. Veja aquialgumas vertentes e explicações gerais, para você começar a escolher a sua.
Sendo assim, esta é uma questão complexa, com muitas respostas possíveis, mas podemos estabelecer, em linhas gerais, algumas pautas comuns a quase todos os movimentos que se encontram sob o conceito de feminismo. Como diz bell hooks, o feminismo é um movimento que visa o fim das opressões de caráter sexista e também de outras formas de opressão, como o racismo, transfobia, entre outros, e acima de tudo, busca a melhoria das condições de vida de todas as mulheres.
O que podemos fazer para ajudar?
RESPEITAR: Entender o lugar que ocupamos no mundo, nossas formas de se relacionar, construções sociais muitas vezes equivocadas, que não nos permite dialogar e ajudar o próximo.
ESCUTAR: Ouvir o próximo, se colocar no lugar do outro, reconhecer nossas igualdades e direitos, não deixar que o discurso do ódio ganhe espaço. Através do diálogo, do amor e da transformação de nós mesmos, é possível ajudar o outro e por consequência, o mundo.
SENTIR: Ter empatia e compaixão, fazer o exercício constante de desconstruir padrões para libertar a nós mesmos e ao próximo.
FAZER: Adotar ações concretas não apenas nos nossos comportamentos, como também influenciar as ações do próximo, seja apontando, criticando ou problematizando questões ligadas ao feminismo.
timeline: o feminismo em movimento
entenda as ondas feministas, as principais articuladoras do movimento e conceitos importantes
Termos & Conceitos
por Ludmyla Franca-Lypke e Karen Hofstetter
Sexismo
termo que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam determinado gênero ou orientação sexual em detrimento de outro gênero
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Sexismo
termo que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam determinado gênero ou orientação sexual em detrimento de outro gênero
Interseccionalidade
É o conceito concebido pela feminista Kimberlé Williiams Crenshaw, que estuda os 3 aspectos que se comunicam na dinâmica das opressões (raça, classe e gênero) ligando assim as lutas do feminismo a outras lutas, como o combate ...+
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Interseccionalidade
É o conceito concebido pela feminista Kimberlé Williiams Crenshaw, que estuda os 3 aspectos que se comunicam na dinâmica das opressões (raça, classe e gênero) ligando assim as lutas do feminismo a outras lutas, como o combate ao racismo, às desigualdades sociais e aos preconceitos contra os LGBT. Assim, uma mulher negra pode ser oprimida pela condição feminina, mas também pelo critério racial ou de classe: os três aspectos conjuntamente influem os graus de opressão e o feminismo deve estar atento para lidar com estas questões (uma demanda marcante da Terceira Onda).
Lugar de Fala
O lugar de fala se refere ao protagonismo dentro de uma determinada militância ou movimento social, estando ligado à noção de vivência como elemento legitimador. Diferentemente do que muitos pensam, o lugar de fala não impede ...+
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Lugar de Fala
O lugar de fala se refere ao protagonismo dentro de uma determinada militância ou movimento social, estando ligado à noção de vivência como elemento legitimador. Diferentemente do que muitos pensam, o lugar de fala não impede a solidariedade no combate às opressões; ele visa tão somente estabelecer a legitimidade das falas, permitir o protagonismo das vítimas, garantindo-lhes voz na expressão de suas vivências e na construção de sua ações. Aqueles que não são os protagonistas continuam tendo voz e possibilidade de agir em solidariedade nos meios onde sua atuação pode levar a uma mudança nas estruturas opressoras. Por exemplo, um homem não pode pretender ter voz dentro do movimento feminista, mas ele pode ser um apoiador da luta, adotando uma postura condizente com os valores feministas e apontando o machismo de seus amigos quando estes contam uma piada misógina ou passam adiante vídeos e fotos de revenge porn. Veja um exemplo aqui.
Bropriating
(“Bro”: do inglês, brother, irmão – “priating”: do inglês, apropriating, apropriar) Quando um homem recebe os créditos por uma ideia que originalmente era de uma mulher ou quando uma ideia criada por uma mulher só passa ...+
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Bropriating
(“Bro”: do inglês, brother, irmão – “priating”: do inglês, apropriating, apropriar) Quando um homem recebe os créditos por uma ideia que originalmente era de uma mulher ou quando uma ideia criada por uma mulher só passa a ser considerada interessante ou válida ao ser dita por um homem.
Cisgênero (Cis)
São os indivíduos que identificam seu gênero em conformidade com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer. Por exemplo: a pessoa que, ao nascer, foi classificada como sendo do sexo feminino e que se apresenta com a identidade ...+
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Cisgênero (Cis)
São os indivíduos que identificam seu gênero em conformidade com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer. Por exemplo: a pessoa que, ao nascer, foi classificada como sendo do sexo feminino e que se apresenta com a identidade de gênero “mulher”. Atenção: cisgênero não significa heterossexualidade. Pessoas cis podem ser gays ou lésbicas.
Cultura da pedofilia
É a sexualização da infância e o desprezo do ‘velho’, fazendo com que todos os traços de maturidade sejam tidos como defeitos: pelos corporais, acne, estrias, celulites, rugas, manchas, flacidez, cabelos grisalhos. Além ...+
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Cultura da pedofilia
É a sexualização da infância e o desprezo do ‘velho’, fazendo com que todos os traços de maturidade sejam tidos como defeitos: pelos corporais, acne, estrias, celulites, rugas, manchas, flacidez, cabelos grisalhos. Além disso, as mulheres também são sexualizadas ainda crianças, fato que se associa à exigência estética de tornar o corpo feminino um corpo eternamente infantilizado. Isso tudo acaba criando padrões de desejo e fetiche sexuais em crianças e impondo às mulheres intervenções estéticas para manterem-se como se fossem pré-adolescentes. É também parte da cultura da pedofilia a ideia de que mulheres amadurecem mais cedo que homens, justificando assim a investida de homens adultos, mais velhos, em adolescentes e crianças.
Cultura do estupro
Como resultado da cultura machista, o estupro é normalizado por padrões de relacionamento onde a violência contra a mulher é considerada legítima. Não se fala sobre cultura do estupro, uma vez que acredita-se que esse tipo de ...+
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Cultura do estupro
Como resultado da cultura machista, o estupro é normalizado por padrões de relacionamento onde a violência contra a mulher é considerada legítima. Não se fala sobre cultura do estupro, uma vez que acredita-se que esse tipo de violência só acontece em becos escuros – quando, na verdade, muitos casos acontecem dentro de casa. Uma das consequências desta cultura do estupro é a culpabilização da vítima, com vistas a legitimar ou mesmo desqualificar o ato de violência, absolvendo o estuprador e relativizando o estupro. Exemplos da relativização do estupro podem ser encontrados em novelas, filmes, séries (com a romantização do ato de estupro, quando a mulher acaba inclusive se apaixonando pelo seu agressor) e na forma como os noticiários tratam esses casos.
Como bem definiu Mariana Varella, “cultura do estupro é a aceitação de que homens podem fazer sexo com quem e quando quiserem, independentemente do consentimento da mulher; a desacreditação e culpabilização da vítima, que se sente desencorajada e com medo de denunciar; o estímulo da sexualização precoce de crianças e adolescentes; a falsa noção de que quem comete estupro é sempre doente ou marginal; a ideia de que consentimento não é importante para que haja uma relação sexual, o que justificaria tantos casos de estupro em que a vítima está desacordada.”
Consentimento
Consentir é dizer ‘sim’ para algum tipo de envolvimento sexual, do beijo à transa, tendo plenitude no exercício de sua vontade, por livre escolha e compreendendo todas as consequências desse envolvimento. Uma menina bêbada e ...+
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Consentimento
Consentir é dizer ‘sim’ para algum tipo de envolvimento sexual, do beijo à transa, tendo plenitude no exercício de sua vontade, por livre escolha e compreendendo todas as consequências desse envolvimento. Uma menina bêbada e quase desmaiando, por exemplo, NÃO tem a capacidade de consentir nada: neste caso, se o cara se aproveita de sua vulnerabilidade para transar com ela, é estupro. Uma mulher que tenha topado transar, mas que se recusa a praticar determinado ato no meio do sexo, também tem que ter sua vontade reconhecida, sob pena de se configurar o estupro.
Construção Social
São as interpretações sobre mundo e as nossas culturas. É tudo aquilo que não nasce com você. Todos os conceitos, costumes, opiniões, gostos; tudo o que você vai adquirindo e tudo o que vão impondo para você ao longo da vida. ...+
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Construção Social
São as interpretações sobre mundo e as nossas culturas. É tudo aquilo que não nasce com você. Todos os conceitos, costumes, opiniões, gostos; tudo o que você vai adquirindo e tudo o que vão impondo para você ao longo da vida. Por exemplo: dizer que cor de rosa é ‘cor de menina’ é uma construção social.
Desconstrução
É o processo de desfazer preconceitos, privilégios e opressões impostos através das construções sociais. Fala-se em ‘desconstruir’ porque todos esses preconceitos, privilégios e opressões, que parecem ser verdades ...+
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Desconstrução
É o processo de desfazer preconceitos, privilégios e opressões impostos através das construções sociais. Fala-se em ‘desconstruir’ porque todos esses preconceitos, privilégios e opressões, que parecem ser verdades incontestáveis, mas não são. Sendo assim, esses conceitos podem ser desmontados e dar lugar a outros, que expressem valores não opressivos ou violentos Formas de desconstrução incluem questionar piadas machistas, confrontar pessoas que dizem ‘lugar de mulher é na cozinha’ e até não seguir os padrões de beleza impostos.
Empatia
É a capacidade de ir além do seu próprio eu e se colocar no lugar do outro, de sentir o que o outro sente e ver o mundo através dos olhos dessa pessoa, compreendendo as condições e o contexto nos quais ela vive, despindo-se ...+
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Empatia
É a capacidade de ir além do seu próprio eu e se colocar no lugar do outro, de sentir o que o outro sente e ver o mundo através dos olhos dessa pessoa, compreendendo as condições e o contexto nos quais ela vive, despindo-se de julgamentos e buscando ver além da sua própria perspectiva.
Empoderamento
É a aquisição de autonomia e auto-determinação perante as opressões, fazendo com que você seja capaz de superar a sensação de impotência, a partir da tomada de consciência de sua força, usando sua influência para promover ...+
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Empoderamento
É a aquisição de autonomia e auto-determinação perante as opressões, fazendo com que você seja capaz de superar a sensação de impotência, a partir da tomada de consciência de sua força, usando sua influência para promover mudanças em sua vida e no seu meio social. É o poder que você descobre em si quando começa uma luta, seja ela qual for, contra uma maioria opressora, afirmando seu eu acima de qualquer tentativa de opressão.
Falsa Simetria
Ocorre quando se busca tratar como iguais situações diferentes, com o intuito de fingir que a desigualdade não existe, pressupondo assim homogeneidade em nossa sociedade e desqualificando as demandas das minorias. É preciso ...+
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Falsa Simetria
Ocorre quando se busca tratar como iguais situações diferentes, com o intuito de fingir que a desigualdade não existe, pressupondo assim homogeneidade em nossa sociedade e desqualificando as demandas das minorias. É preciso entender a diferença entre preconceito e opressão. Preconceito é um pre-julgamento que pode ter como consequência ou não prejuízos para quem o sofre. Opressão por sua vez é quando tais preconceitos encontram instrumentos em uma estrutura para vitimizar e prejudicar essas pessoas, como, por exemplo, o racismo estrutural. Por exemplo: Um homem ao se vestir, não precisa se preocupar em se resguardar de uma possível violência, decorrente de misandria, ao passo que a mulher está sempre vulnerável à violência da cultura misógina e a forma como ela se veste pode inclusive ser usada contra ela (“pediu” para ser estuprada). Para saber mais, veja o item ‘opressão estrutural’.
Feminicídio (ou femicídio)
É o nome que se dá ao assassinato de mulheres por motivos específicos de gênero, decorrente das diferenças de poder entre homens e mulheres, que colocam estas numa posição vulnerável. É o assassinato intencional da mulher por ...+
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Feminicídio (ou femicídio)
É o nome que se dá ao assassinato de mulheres por motivos específicos de gênero, decorrente das diferenças de poder entre homens e mulheres, que colocam estas numa posição vulnerável. É o assassinato intencional da mulher por ser mulher. Possui três tipos: feminicídio íntimo (quando a vítima possuia relação íntima com seu algoz: relacionamento amoroso, relação familiar ou convivência doméstica), feminicídio não íntimo (quando a vítima possuia relação de hierarquia, confiança ou amizade com o algoz) e o feminicídio por conexão (quando a vítima é uma mulher que tentou impedir um ato de violência contra outra mulher, como, por exemplo, a filha que se coloca na linha de fogo do agressor de sua mãe).
Fetichização
Fetichização é um conceito complexo e amplo. Dentro do feminismo, dizemos que ocorre fetichização quando algo é valorizado enquanto elemento para uma fantasia ou consumo, e não pelo que realmente é. No fetiche, valemos pela ...+
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Fetichização
Fetichização é um conceito complexo e amplo. Dentro do feminismo, dizemos que ocorre fetichização quando algo é valorizado enquanto elemento para uma fantasia ou consumo, e não pelo que realmente é. No fetiche, valemos pela imagem que fazem de nós e pelas fantasias que daí decorrem, e não pelo que realmente somos. Por exemplo: a sociedade tolera que duas mulheres se beijem, não porque reconhece seus direitos e a legitimidade da sua relação, mas porque homens em suas fantasias acham sexy ver duas mulheres se beijando. Chamamos esse exemplo específico de ‘fetichização das lésbicas’, mas existem outras formas de fetichização do universo feminino, da maternidade, da cultura negra, da infância etc.
Gaslighting
É uma forma de abuso psíquico e acontece quando uma pessoa (geralmente em uma relação amorosa) te faz acreditar que você é psicologicamente instável, levando você a duvidar de sua sanidade mental. Através de manipulações e ...+
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Gaslighting
É uma forma de abuso psíquico e acontece quando uma pessoa (geralmente em uma relação amorosa) te faz acreditar que você é psicologicamente instável, levando você a duvidar de sua sanidade mental. Através de manipulações e falseamentos da verdade, busca-se configurar que a mulher é “louca”, que está delirando, vendo coisas que não existem, fantasiando. Aos poucos, você mesma vai acreditando nisso, o que pode realmente ferir sua integridade psíquica. Exemplos de gaslighting são: quando o homem nega o que disse há minutos atrás, para acusar a vítima de nunca o escutar ou acusá-la de ter problemas de memória: “Se sempre se esquece onde deixa as chaves, por que eu vou confiar no que está me dizendo agora?”
Gênero
Gênero é uma construção social. É um pacote (de expectativas, roupas, gostos, atitudes, opiniões, atividades, posturas…) que é imposto aos sujeitos em funcão do sexo que lhe foi atribuído ao nascer. Se você possui uma vagina ...+
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Gênero
Gênero é uma construção social. É um pacote (de expectativas, roupas, gostos, atitudes, opiniões, atividades, posturas…) que é imposto aos sujeitos em funcão do sexo que lhe foi atribuído ao nascer. Se você possui uma vagina e foi nomeada como sendo do sexo feminino ao nascer, provavelmente te vestirão de rosa, colocarão brincos em suas orelhas, te ensinarão a brincar com bonecas e usar saias, e dirão que você não é suficientemente boa em determinadas atividades, porque é frágil e delicada. Se você possui um pênis e foi classificado como sendo do sexo masculino ao nascer, te vestirão de azul, cortarão seus cabelos curtos, você vai aprender a jogar futebol e te ensinarão a ser expansivo, forte, dinâmico e a nunca chorar, porque homens não choram. A este processo de conformação aos esteriótipos, chamamos de socialização. Este é o básico, mas existem visões diferentes do que é ‘gênero’: uma é a Teoria Queer, e a outra, o Feminismo Radical. Para entender a influência dos esterióripos na conformação dos gêneros, veja este vídeo.
Heterossexualidade compulsória
Também chamada de “Heteronormatividade” é a pressão que a sociedade faz para você ser heterossexual, em vista do entendimento de que este é o jeito correto de ser. Aos olhos da sociedade, uma mulher que não tem atração sexual ...+
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Heterossexualidade compulsória
Também chamada de “Heteronormatividade” é a pressão que a sociedade faz para você ser heterossexual, em vista do entendimento de que este é o jeito correto de ser. Aos olhos da sociedade, uma mulher que não tem atração sexual por homens é “anormal”; uma pessoa bissexual é alguém “confuso” e um gay é um “pervertido”, associando assim tudo fora da heteronormatividade como sendo doentio e errado. . É dessa heterossexualidade compulsória que decorrem preconceitos, como a homofobia, por exemplo.
Male tears
Em tradução livre, significa ‘lágrimas de macho’. É uma ironia, empregada sempre que um homem afirma que está sendo ‘oprimido’ por mulheres, ou que está sendo ‘silenciado’ dentro do feminismo dizendo-se vítima de ‘misandria’ ...+
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Male tears
Em tradução livre, significa ‘lágrimas de macho’. É uma ironia, empregada sempre que um homem afirma que está sendo ‘oprimido’ por mulheres, ou que está sendo ‘silenciado’ dentro do feminismo dizendo-se vítima de ‘misandria’ (ódio contra homens) É daí que vem outras expressões de cunho irônico: “iuzômi?”, “ômi fazendo omice” e o “chora mais”.
Mansplaining
A expressão, formada pela junção das palavras inglesas man (homem) e explaining (explicação), define o comportamento adotado por homens, que, numa atitude arrogante e cheia de condescendência, querem explicar algo a uma ...+
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Mansplaining
A expressão, formada pela junção das palavras inglesas man (homem) e explaining (explicação), define o comportamento adotado por homens, que, numa atitude arrogante e cheia de condescendência, querem explicar algo a uma mulher, supondo que esta não sabe do que está falando e não tem condições de entender algo por si mesma (quando, na maioria das vezes, a mulher sabe até mais do que ele).
Manterrupting
É uma forma sexista, usada por muitos homens, para demonstrar dominância sobre as mulheres. Consiste em interromper uma mulher enquanto esta expõe uma ideia, dando a entender que o que ela fala não tem importância alguma. A ...+
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Manterrupting
É uma forma sexista, usada por muitos homens, para demonstrar dominância sobre as mulheres. Consiste em interromper uma mulher enquanto esta expõe uma ideia, dando a entender que o que ela fala não tem importância alguma. A interrupção é flagrantemente desnecessária e tem por objetivo silenciar e diminuir a mulher, reforçando a ideia machista da superioridade masculina.
Maternidade compulsória
É a imposição da maternidade às mulheres, que tem como consequência a intervenção do Estado, das igrejas e de outras instituições e sujeitos nos corpos destas, tais como a proibição do aborto ou a imposição de resguardos e ...+
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Maternidade compulsória
É a imposição da maternidade às mulheres, que tem como consequência a intervenção do Estado, das igrejas e de outras instituições e sujeitos nos corpos destas, tais como a proibição do aborto ou a imposição de resguardos e regimes às grávidas, para “proteger” a vida (leia-se: feto). A maternidade compulsória decorre da ideia que o sentido da vida de uma mulher é ser mãe e que, em razão disto, as mulheres que se recusam a sê-lo são incompletas, frustradas e infelizes. Para sustentar esta ideia, temos a fetichização da maternidade, a ideia de que mulheres são cuidadoras naturais ou natas, e a educação das meninas como um treinamento para o cuidado dos filhos, impondo a estas a ideia de que a felicidade depende de um casamento, do qual decorrem os filhos, razão última da vida de uma mulher, a experiência que a torna “completa”.
Militância
É o engajamento em movimentos políticos ou sociais em prol de uma causa, de uma ideologia ou de um conjunto de valores. Militar por uma causa significa se associar a outros sujeitos, que também defendem esta mesma causa, para ...+
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Militância
É o engajamento em movimentos políticos ou sociais em prol de uma causa, de uma ideologia ou de um conjunto de valores. Militar por uma causa significa se associar a outros sujeitos, que também defendem esta mesma causa, para promover ações e lutar em prol desta. .
Misoginia
É uma atitude cultural de ódio, desprezo e repulsa pelas mulheres por conta de sua feminilidade e de suas características femininas. A misoginia está nas bases do sexismo, do machismo e do preconceito contra mulheres, sendo ...+
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Misoginia
É uma atitude cultural de ódio, desprezo e repulsa pelas mulheres por conta de sua feminilidade e de suas características femininas. A misoginia está nas bases do sexismo, do machismo e do preconceito contra mulheres, sendo um dos elementos ideológicos do patriarcado.
Objetificação
Objetificação é tratar mulheres como objetos, como se elas fossem mercadorias. A mulher é reduzida ao seu corpo, como se fora um objeto a ser consumido, sem atenção ou respeito às suas personalidade e dignidade. O que nos ...+
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Objetificação
Objetificação é tratar mulheres como objetos, como se elas fossem mercadorias. A mulher é reduzida ao seu corpo, como se fora um objeto a ser consumido, sem atenção ou respeito às suas personalidade e dignidade. O que nos permite identificar a objetificação (sem confundi-la com empoderamento sexual) é verificar, em cada caso, quem é o detentor do poder, expresso, por exemplo, na capacidade de dar consentimento, de ter autonomia para optar por estar naquela situação. Assim, uma menor sexualizada está sendo objetificada, pois menores não possuem autonomia da vontade, ou seja, não tem capacidade legal para dar consentimento. Outro aspecto que determina se alguém possui ou não poder para fazer escolhas é possuir conhecimento, independência financeira, liberdade ou mesmo a posse de privilégios. Um exemplo deste último aspecto é a mulher de classe média, estudante, que se prostitui por escolha própria, podendo inclusive escolher os clientes (diferentemente das mulheres que são submetidas a cafetões, sem nenhuma agência (escolha), constrangidas inclusive a realizarem atos que elas não gostam de fazer, sendo tratadas, portanto, como simples objetos sexuais).
Ondas feministas
Para explicar o processo pelo qual o movimento feminista se desenvolveu ao longo do tempo, recorreu-se à imagem das ondas, onde cada momento do feminismo é representado por uma “onda”, buscando assim demonstrar o caráter ...+
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Ondas feministas
Para explicar o processo pelo qual o movimento feminista se desenvolveu ao longo do tempo, recorreu-se à imagem das ondas, onde cada momento do feminismo é representado por uma “onda”, buscando assim demonstrar o caráter móvel deste e como suas pautas se alternam em vista do contexto histórico. Apesar das divergências acadêmicas, podemos dizer que, para a maioria dos estudiosos do feminismo, existem três ondas feministas. A primeira onda surge no século XIX e vai durar até meados do século XX. É a consequência de vários outros questionamentos esparsos anteriores, que se condensam, criam pautas e fundam um verdadeiro movimento social. O feminismo assim tem na sua primeira onda a mobilização das mulheres pela conquista de direitos políticos, que ficou conhecida como Sufragismo. O direito de voto para as mulheres, reivindicado desde meados do século XIX, foi uma das demandas mais difíceis de serem conquistadas, havendo casos em que este só foi conquistado na segunda metade do século XX (ver aqui). A partir da conquista dos direitos politicos, o feminismo vai viver a segunda onda (1960-1990), onde os aspectos da vida pessoal são entao politizados e as mulheres começam a questionar seu papel na sociedade, reivindicando direitos sociais e igualdade material. A partir dos anos 1990, surge a terceira onda, que tece criticas a certos aspectos da segunda onda e reivindica o reconhecimento da interseccionalidade das opressões, com o fortalecimento do feminismo negro e do ativismo LGBT. Ha quem fale de uma quarta onda, para designar o ciberativismo no movimento feminista, mas este não é um conceito ainda reconhecido. Para visualizar as ondas e as demandas de cada um desses momentos da história do feminismo, recomendamos ir à nossa timeline.
Orientação sexual
É o que indica por quais gêneros uma pessoa se sente atraída. Não é uma opção ou preferência, visto que, para o consenso dos psicólogos, a orientação sexual não é uma escolha nem pode ser mudada via terapia. Sendo assim, ...+
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Orientação sexual
É o que indica por quais gêneros uma pessoa se sente atraída. Não é uma opção ou preferência, visto que, para o consenso dos psicólogos, a orientação sexual não é uma escolha nem pode ser mudada via terapia. Sendo assim, podemos elencar alguns tipos de orientação sexual: heterossexual (atração pelo gênero oposto), homossexual (atração pelo mesmo gênero), bissexual (atração por mais de um gênero) e pansexual (atração por todos os gêneros). Atenção: para se referir ao fenômeno de atração por pessoas do mesmo gênero, usa-se a palavra homossexualidade. Não se usa a palavra homossexualismo, pois este termo denota que a atração por pessoas do mesmo gênero seria uma doença (o sufixo -ismo tem esta função).
Opressão estrutural
Para falarmos de opressão precisamos distinguir opressão de preconceito. Em linhas gerais, podemos dizer que em toda opressão existe preconceito, mas nem todo preconceito configura opressão. Preconceito (pré-conceito) é ...+
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Opressão estrutural
Para falarmos de opressão precisamos distinguir opressão de preconceito. Em linhas gerais, podemos dizer que em toda opressão existe preconceito, mas nem todo preconceito configura opressão. Preconceito (pré-conceito) é qualquer julgamento prévio, é o conceito que temos previamente formado em nossa mente e que se manifesta sempre que buscamos interpretar algo. A opressão, diferentemente, é algo estrutural, ou seja, ela é institucional e materializada, consistindo nas práticas de toda uma sociedade. Enquanto o preconceito é algo individual, a opressão é sempre estrutural e institucionalizada. A opressão decorre de uma hierarquia, onde os que estão nas posições privilegiadas detem poderes para prejudicar aqueles destituídos de privilégios. Quem está hierarquicamente inferior nesta pirâmide social não tem poder para prejudicar quem está hierarquicamente acima. Daí porque ainda que haja preconceito contra homens (misandria) ou contra brancos, estes não são prejudicados, sendo um erro falar em racismo reverso ou misandria opressora. Para saber mais, leia este texto.
Patriarcado
Termo derivado da palavra “patriarca”, é usado para definir a condição feminina na sociedade e nomear as bases da dominação masculina. É o sistema de poder e dominação dos homens sobre as mulheres, que excluem estas das ...+
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Patriarcado
Termo derivado da palavra “patriarca”, é usado para definir a condição feminina na sociedade e nomear as bases da dominação masculina. É o sistema de poder e dominação dos homens sobre as mulheres, que excluem estas das esferas política, econômica e social. Em suas bases ideológicas encontramos o machismo, a misoginia, a cultura do estupro, a objetificação feminina, a maternidade compulsória e a heteronormatividade.
Preconceito enraizado
É um preconceito que é tão antigo que acaba virando senso comum. É aquela história de que “sempre foi assim, então é verdade”. Por exemplo: a noção de que toda mulher negra é sensual é uma ideia completamente falsa, criada ...+
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Preconceito enraizado
É um preconceito que é tão antigo que acaba virando senso comum. É aquela história de que “sempre foi assim, então é verdade”. Por exemplo: a noção de que toda mulher negra é sensual é uma ideia completamente falsa, criada por donos de escravos que estupravam suas escravas e depois diziam essa besteira para contar vantagem para os amigos. Apesar disso, esta é uma noção que continua até hoje, e que pouco se questiona.
Problematizar
É a atitude questionadora diante da realidade e dos valores adotados, aceitos ou impostos pela sociedade. É colocar em dúvida certas verdades e procurar ir na raiz das questões, buscando refletir sobre as origens, o sentido e ...+
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Problematizar
É a atitude questionadora diante da realidade e dos valores adotados, aceitos ou impostos pela sociedade. É colocar em dúvida certas verdades e procurar ir na raiz das questões, buscando refletir sobre as origens, o sentido e as consequências de algo.
Protagonismo
A origem da palavra já nos dá pistas do que ela significa: protagonismo vem do latim “protos”, que quer dizer “principal”, “primeiro”, e de “agonistes”, que significa “lutador”, “competidor”. Assim, o protagonismo diz ...+
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Protagonismo
A origem da palavra já nos dá pistas do que ela significa: protagonismo vem do latim “protos”, que quer dizer “principal”, “primeiro”, e de “agonistes”, que significa “lutador”, “competidor”. Assim, o protagonismo diz respeito a quem é o personagem principal de uma luta ou movimento, quem está apto a liderar dentro do movimento. No feminismo, o protagonismo cabe às mulheres e as tentativas dos homens de falar pelas mulheres ou de pautar suas lutas e ações são entendidas como “roubo de protagonismo”.
Queer / NB (não-binário)
É um conceito chamado de “guarda-chuva”, usado para designar os mais variados tipos de pessoas que tem em comum o fato de não seguirem os padrões impostos usualmente pelos estereótipos heterossexuais e de binarismo de gênero. ...+
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Queer / NB (não-binário)
É um conceito chamado de “guarda-chuva”, usado para designar os mais variados tipos de pessoas que tem em comum o fato de não seguirem os padrões impostos usualmente pelos estereótipos heterossexuais e de binarismo de gênero. Todo aquele que não se comporta segundo a maneira usual porque não se identifica com as regras do senso comum referentes à identidade de gênero e à orientação sexual é queer.
Relacionamento abusivo
Relacionamento amoroso, familiar ou amizade, de caráter destrutivo, no qual uma das partes abusa da outra – sexual, psicológica, física ou emocionalmente – por meio de jogos de controle, emprego de violência ...+
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Relacionamento abusivo
Relacionamento amoroso, familiar ou amizade, de caráter destrutivo, no qual uma das partes abusa da outra – sexual, psicológica, física ou emocionalmente – por meio de jogos de controle, emprego de violência física, manipulações, ameaças, ciúmes, chantagens, frieza emocional, abstinência sexual, dentre outras práticas. Temos vários bons textos sobre o assunto aqui, mas você também pode ver o super vídeo explicativo da Jout Jout, “Não tira o batom vermelho”.
Representatividade
É qualidade de alguém ou de uma entidade, cujo embasamento em um determinado grupo lhe autoriza a exprimir, de modo autêntico e verdadeiro, os desejos, interesses e anseios deste grupo, falando em nome deste perante as mais ...+
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Representatividade
É qualidade de alguém ou de uma entidade, cujo embasamento em um determinado grupo lhe autoriza a exprimir, de modo autêntico e verdadeiro, os desejos, interesses e anseios deste grupo, falando em nome deste perante as mais variadas esferas. O nosso Legislativo Federal, por exemplo, carece de representatividade feminina, haja vista que somente 10% dos deputados são mulheres.
Reprodução de machismo
Como explicado no tópico “opressão estrutral”, uma mulher, sendo alguém oprimido pelo sistema, ao usar discurso machista não pode ser classificada como machista, vez que o machismo não traz a ela qualquer privilégio, na ...+
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Reprodução de machismo
Como explicado no tópico “opressão estrutral”, uma mulher, sendo alguém oprimido pelo sistema, ao usar discurso machista não pode ser classificada como machista, vez que o machismo não traz a ela qualquer privilégio, na medida em que sua concepção visa privilegiar o sexo masculino. Portanto, ao rir de uma piada machista, se colocar como “uma dos caras” ou praticar slut-shaming, diz-se que a mulher está reproduzindo machismo (e não praticando machismo, vez que para a prática do machismo exige-se o gozo dos privilégios decorrentes deste).
Revenge porn
Significa ‘pornografia de vingança’. Ocorre quando uma pessoa expõepublicamente fotos ou vídeos contendo cenas íntimas de outra, sem o consentimento desta, motivada por revanche/vingança após otérmino de um relacionamento. É ...+
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Revenge porn
Significa ‘pornografia de vingança’. Ocorre quando uma pessoa expõepublicamente fotos ou vídeos contendo cenas íntimas de outra, sem o consentimento desta, motivada por revanche/vingança após otérmino de um relacionamento. É considerada uma forma de abuso psicológico e de violência doméstica. Saiba mais aqui.
Romantização
É muito comum livros e roteiros romantizarem o estupro, descaracterizando a violência e apresentando-o como se fora um ato apaixonado, como aconteceu na novela “Ligações perigosas”.
É o conjunto de ações e ideias que visam privilegiar determinado gênero ou orientação sexual, que passam a ser considerados superiores, em detrimento dos demais, vistos como inferiores. Não se confunde com o machismo, que é ...+
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Sexismo
É o conjunto de ações e ideias que visam privilegiar determinado gênero ou orientação sexual, que passam a ser considerados superiores, em detrimento dos demais, vistos como inferiores. Não se confunde com o machismo, que é uma das formas de sexismo, mas não a única.
Silenciamento
É uma palavra derivada do termo “silenciar” e designa o ato de fazer calar alguém. No caso dos movimentos sociais, é o ato de calar uma pessoa durante uma discussão, impedindo que o indivíduo se expresse. Pode ocorrer de ...+
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Silenciamento
É uma palavra derivada do termo “silenciar” e designa o ato de fazer calar alguém. No caso dos movimentos sociais, é o ato de calar uma pessoa durante uma discussão, impedindo que o indivíduo se expresse. Pode ocorrer de diversas formas: inibindo alguém, não dando espaço para a pessoa se manifestar ou mesmo abertamente fazendo a pessoa se calar.
Slut-shaming
Slut-shaming é uma expressão em inglês, formada pelas palavras “slut” (vadia) e “shaming” (envergonhar). É uma forma de estigma social, por meio do qual mulheres que rompem com as expectativas sociais acerca de como deve ser ...+
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Slut-shaming
Slut-shaming é uma expressão em inglês, formada pelas palavras “slut” (vadia) e “shaming” (envergonhar). É uma forma de estigma social, por meio do qual mulheres que rompem com as expectativas sociais acerca de como deve ser o comportamento sexual feminino são constrangidas e humilhadas. Ocorre geralmente quando mulheres violam os códigos sociais da vestimenta tida como adequada (ou recatada), quando adotam condutas consideradas promíscuas ou quando exigem acesso a meios de contracepção. É uma forma de atacar mulheres que transgrediram as normas de conduta sexual impostas pelo patriarcado. É o que fazem, por exemplo, com a Kim Kardashian quando ela é xingada por publicar fotos sensuais em seu Instagram ou quando buscam humilha-la por conta do vídeo íntimo dela que foi vazado na internet há anos atrás.
Sororidade
A palavra sororidade é um neologismo inspirado na palavra “sóror”, que significa “irmã” e é comum no tratamento dado às freiras. Assim, a sororidade é um apelo ao sentimento de irmandade entre as mulheres, semelhante ao que, ...+
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Sororidade
A palavra sororidade é um neologismo inspirado na palavra “sóror”, que significa “irmã” e é comum no tratamento dado às freiras. Assim, a sororidade é um apelo ao sentimento de irmandade entre as mulheres, semelhante ao que, no universo masculino, é conhecido como brotherhood (fraternidade). Este sentimento visa dar suporte ao feminismo, criando nas mulheres a consciência de que devemos apoiar umas às outras, abandonando as disputas e competições que foram atiçadas entre nós no processo de educação machista, que pretende nos desunir plantando a ideia de que somos concorrentes umas das outras. Através da sororidade, queremos realizar a máxima “a união faz a força” e esta é umas das razões pelas quais o feminismo estimula o cuidado, a solidariedade e a amizade fraternal entre todas as mulheres.
Transgênero (Trans)
São as pessoas que possuem a identidade de gênero oposta ao sexo que lhes foi atribuído ao nascer. Também são transgênero os individuos que não são nem exclusivamente masculinos, nem exclusivamente femininos (bigênero, ...+
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Transgênero (Trans)
São as pessoas que possuem a identidade de gênero oposta ao sexo que lhes foi atribuído ao nascer. Também são transgênero os individuos que não são nem exclusivamente masculinos, nem exclusivamente femininos (bigênero, queergênero, agênero, dentre outros). As pessoas transgênero são também chamadas de transsexuais. Atenção: pessoas trans podem ter as mais variadas orientaçoes sexuais, exatamente do mesmo modo que as pessoas cis.
Token
Sabe quando alguém fala “eu não sou racista. Tenho até um amigo negro”? Então, esse ‘amigo negro’ é o token. Em inglês, ‘token’ quer dizer algo como amuleto: é como se, tendo esse tal amigo negro, você ficasse automaticamente ...+
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Token
Sabe quando alguém fala “eu não sou racista. Tenho até um amigo negro”? Então, esse ‘amigo negro’ é o token. Em inglês, ‘token’ quer dizer algo como amuleto: é como se, tendo esse tal amigo negro, você ficasse automaticamente protegido de ser racista. Mas, na verdade, isso só mostra o quão pouco você entende de racismo – e o quão pouco você liga para isso.
Trigger warning (TW)
Trigger warning é uma expressão inglesa, que significa ‘aviso de gatilho’. É uma forma de alertar previamente o interlocutor sobre o conteúdo potencialmente estressante de um texto, vídeo, relato, post, áudio ou imagem. O TW ...+
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Trigger warning (TW)
Trigger warning é uma expressão inglesa, que significa ‘aviso de gatilho’. É uma forma de alertar previamente o interlocutor sobre o conteúdo potencialmente estressante de um texto, vídeo, relato, post, áudio ou imagem. O TW é colocado juntamente com algumas palavras-chaves antes de um determinado conteúdo, para que o interlocutor saiba de antemão que aquele conteúdo fala sobre algo que possa desencadear uma resposta emocional negativa, como um ataque de pânico ou uma crise de ansiedade.
Violência obstétrica (VO)
É um conceito amplo e complexo, mas que podemos resumir como sendo um conjunto de procedimentos violentos – físicos ou não – administrados por agentes de saúde (médicos, enfermeiros, dentre outros) na gestação, no ...+
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Violência obstétrica (VO)
É um conceito amplo e complexo, mas que podemos resumir como sendo um conjunto de procedimentos violentos – físicos ou não – administrados por agentes de saúde (médicos, enfermeiros, dentre outros) na gestação, no trabalho de parto, no parto, no pós-parto e no aborto, e que configuram tratamento desumano. Agressões verbais, recusa de atendimento ou imposição de dificuldades para atendimento, negligência, proibição de acompanhante, lavagem intestinal, raspagem dos pêlos, imposição de jejum, realização de episiotomia (corte cirúrgico feito no períneo durante o parto vaginal, para ampliar o canal de parto), impedir ou retardar o contato entre mãe e bebê após o nascimento são algumas das condutas que caracterizam a violência obstétrica. Uma lista com mais exemplos de condutas consideradas violência obstétrica pode ser encontrada aqui. Artigos interessantes sobre o tema estão elencados aqui e o documentário “Violência obstétrica: a voz das brasileiras” pode ser visto aqui.
Ato Obsceno
Équando alguém pratica uma ação de cunho sexual em local público, a fim de constranger ou ameaçar alguém (como por exemplo, masturbar-se no vagão do metrô, ao lado de uma mulher, para constrangê-la) – Art. 233 do ...+
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Ato Obsceno
Équando alguém pratica uma ação de cunho sexual em local público, a fim de constranger ou ameaçar alguém (como por exemplo, masturbar-se no vagão do metrô, ao lado de uma mulher, para constrangê-la) – Art. 233 do Código Penal
Estupro
Obrigar alguém, mediante emprego de violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal, praticar ou permitir que se pratique outro ato libidinoso consigo (como, por exemplo, tocar as partes íntimas da pessoa sem seu ...+
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Estupro
Obrigar alguém, mediante emprego de violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal, praticar ou permitir que se pratique outro ato libidinoso consigo (como, por exemplo, tocar as partes íntimas da pessoa sem seu consentimento ou dopar uma pessoa para praticar ato sexual ou libidinoso com esta).- (Art. 213 do Código Penal)
Importunação ofensiva ao pudor
É o assédio verbal, quando alguém diz coisas desagradáveis e/ou invasivas (por exemplo: as “cantadas”) ou faz ameaças à outra pessoa. (Art. 61 da Lei nº 3688/1941)
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Importunação ofensiva ao pudor
É o assédio verbal, quando alguém diz coisas desagradáveis e/ou invasivas (por exemplo: as “cantadas”) ou faz ameaças à outra pessoa. (Art. 61 da Lei nº 3688/1941)
Assédio Sexual
O assédio caracteriza-se por constrangimentos e ameaças com a finalidade de obter favores sexuais, feitos por alguém hierarquicamente superior à vítima. (Art. 216-A.do Código Penal)
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Assédio Sexual
O assédio caracteriza-se por constrangimentos e ameaças com a finalidade de obter favores sexuais, feitos por alguém hierarquicamente superior à vítima. (Art. 216-A.do Código Penal)
Culpabilização da Vítima
É o conjunto de argumentos para inverter situações de violência ou opressão, buscando tornar a vítima responsável pelo sofrimento que lhe foi causado, ao invés de culpar o responsável pela opressão ou ato criminoso. É quando ...+
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Culpabilização da Vítima
É o conjunto de argumentos para inverter situações de violência ou opressão, buscando tornar a vítima responsável pelo sofrimento que lhe foi causado, ao invés de culpar o responsável pela opressão ou ato criminoso. É quando se diz que a vítima provocou a situação, ou “pediu” para que aquilo acontecesse devido a um comportamento de moral duvidosa. Por exemplo, quando dizem que uma mulher usando roupas curtas ou transparente “pediu” para ser estuprada, ao invés de perceber que o culpado é o seu estuprador. Ou que o marido só matou a mulher porque ela foi adúltera. Ou ainda quando dizem que a mulher apanha porque gosta. Esta distorção do culpado pelo ato cria uma relação de causa e efeito entre o comportamento da vítima e o mal sofrido, tirando a responsabilidade do agente, que se torna apenas um instrumento para realizar a “vontade” da vítima.
Apropriação Cultural
Apropriação cultural é quando usamos elementos de uma cultura que não é nossa, podendo descontextualizar e mudar o significado destes elementos, esvaziando o seu sentido. Dizemos que acontece ‘apropriação cultural’ quando uma ...+
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Apropriação Cultural
Apropriação cultural é quando usamos elementos de uma cultura que não é nossa, podendo descontextualizar e mudar o significado destes elementos, esvaziando o seu sentido. Dizemos que acontece ‘apropriação cultural’ quando uma cultura opressora se utiliza de elementos de uma cultura oprimida, descaracterizando esses elementos como pertecentes aos contextos de afirmação e luta do grupo oprimido e apagando as referências à sua cultura de origem.
Reflita
Insesplorato: Curadoria de Conhecimento
Por onde eu começo?
separamos alguns textos, vídeos e conteúdos teóricos e contemporâneos
para você entender um pouco mais sobre o feminismo
entre tantas mulheres incríveis, destacamos aqui algumas acadêmicas, militantes
e articuladoras que impactam e orientam debates atuais
Djamila Ribeiro
Djamila Ribeiro é a nova Secretária-Adjunta da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. Feminista negra, mestra em filosofia política, escreve para o Escritório Feminista da Carta Capital e é uma das mais influentes pensadoras da nossa geração.
Empodere duas mulheres
Um perfil ótimo para seguir no Facebook e ficar por dentro de debates, estatísticas e reflexões sobre o empoderamento das mulheres. Clica aqui!
Jout Jout
Julia Tolezano, youtuber, criadora do canal “Jout Jout, Prazer” tem apenas 23 anos é uma importante articuladora que conta segredos escatológicos das mulheres, fala sobre sexo e assuntos relevantes em uma pegada de comédia stand up.
JULIANA DE FARIA
É fundadora da ONG Think Olga, que se dedica a debater a feminilidade. Também está à frente da campanha Chega de Fiu Fiu, cujo objetivo é combater o assédio sexual em locais públicos.
Lígia Moreiras Sena
Lígia Moreiras Sena é bióloga, mestre em Psicobiologia, doutora em Ciências, doutoranda em Saúde Coletiva, autora do blog “Cientista Que Virou Mãe” e do livro “Educar sem violência: criando filhos sem palmadas”. Pesquisadora das formas de violência praticadas no âmbito do sistema de saúde, do parto e da medicalização da vida.
Lola Abramovich
Blogueira feminista, autora do blog “Escreva Lola Escreva”, Lola Abramovich é professora da Universidade Federal do Ceará, doutora em Literatura em Língua Inglesa pela UFSC. É uma das primeiras vozes do feminismo brasileiro que buscaram transformar a internet em instrumento de conscientização, informação e luta.
Manoela Miklos
Manoela Miklos é doutora em em Relações Internacionais, professora universitária, idealizadora das campanhas Não Tem Conversa e #AgoraÉQueSãoElas e uma das autoras do site “AzMina”. Atualmente é também parte da equipe do Programa para a América Latina da Open Society Foundations.
Maria Gabriela Saldanha
Maria Gabriela Saldanha é uma maria-ninguém que vem se aperfeiçoando a cada dia na arte de ser porra nenhuma, a fim de nunca se “alguenizar”. Espera, assim, comunicar melhor as belezas, angústias e esperanças das multidões – ninguém. À parte isso, tem em si todos os sonhos do mundo. E muita fé nos Orixás.
Nana Queiroz
Nana Queiroz é escritora, formada em Jornalismo pela USP, especialista no estudo das questões de gênero. É a organizadora do protesto online #EuNãoMereçoSerEstuprada” e possui um blog hospedado no HuffPostBrasil.
ONG Artemis
A Artemis é uma ONG, fundada em 2013 e sediada em São Paulo, que visa a promoção da autonomia feminina e a erradicação da violência contra a mulher, com atuações marcantes no âmbito jurídico em defesa dos direitos da mulher.
Stephanie Ribeiro
É estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC de Campinas. Ativista feminista negra, já teve textos seus postados no site da revista Marie Claire, Blogueiras Negras, Géledes, entre outros. Em 2015, recebeu da Assembleia Legislativa de São Paulo a Medalha Theodosina Ribeiro, que homenageou seu ativismo em prol das mulheres negras.
WEB: Casa da Mãe Joana
Site de conteúdo 100% colaborativo, focado em agregar conhecimentos oriundos das muitas correntes do feminismo, que não se alinham a nenhum local discursivo em específico. A CDMJ procura aplicar os princípios da interseccionalidade a todas as nossas práticas, pois reconhecem e respeitam a multiplicidade de posicionalidades feministas – e não desejam oferecer a palavra final sobre nenhum assunto em particular.
Inspiração
OH K
plataforma colaborativa
Criada por Karen Hofstetter e Lavinia Porto, a OH K é uma plataforma colaborativa, que inaugura um novo e pioneiro modelo de negócio. Inspiramos marcas e artistas a traduzir em produtos de design, temáticas reflexivas com o intuito de causar alguma transformação pessoal ou social.
Incentivamos o slow fashion e o consumo consciente através da quebra de padrões nos calendários da moda. Nossas coleções não são orientadas pelas estações, mas sim por um tema anual. O #MovimentoNakedLady é o tema de 2016, que traz a discussão e reflexão sobre os direitos da mulher e o feminismo no Brasil.
Anacapri
A marca madrinha do projeto
Uma marca que já nasceu descomplicada: libertou a mulher do salto-alto e que apoia o movimento feminista através da campanha em collab com a OH K “o peito do pé também é livre”.
think olga
a ong da vez
O Movimento Naked Lady busca também direcionar o foco para quem atua diariamente a favor da nossa causa. A Think Olga é uma ONG que empodera mulheres por meio da informação e que luta para que todas as mulheres possam ter cada vez mais escolhas. Nunca menos. Para saber mais sobre o trabalho da Think Olga, clique aqui.
Colaboradores
Afrozunduri
acessórios
brasília – df
Brincos e acessórios geométricos que realçam a cultura Afro Brasileira, desenvolvidos pela brasiliense Ingrid Ohana, que explorou formas femininas na sua coleção em parceria com a OH K.
Augustana
moda
rio de janeiro – rj
A marca busca inspiração no lifestyle urbano onde a simplicidade e o conforto são essenciais, mas não menos importantes que o estilo e a sofisticação.
Benta Studio
moda
rio de janeiro – rj
Estúdio formado por Maitê Lacerda, Gabriela Garcia e Beatriz Cunha, que criam com cor e bom humor produtos descomplicados e originais. Para o Naked Lady elas exploram a figura da mulher, desenhos botânicos e folhagens tropicais.
Bruna Guerin
atriz
são paulo – sp
Dedica-se ao teatro, dança e é cria da nova geração de atores que se destacam em musicais. Recebeu o prêmio Bibi Ferreira de melhor atriz em 2015 e posou para o Gary Gananian em um ensaio fotográfico para o Naked Lady.
carol naine
cantora & compositora
Rio de janeiro – RJ
Cantora, compositora e carioca, começou a estudar teoria musical, piano, pandeiro e voz aos 9 anos. Carol combina música brasileira, arranjos contemporâneos e uma variedade de temas nas letras de suas canções.
casa dobra
artes visuais
são paulo – sp
Um estúdio de entregas criativas, com curadoria de Anália Moraes e Daniel Wood. A mensagem dos produtos e criações para o Naked Lady estão principalmente ligados ao corpo feminino, um templo que envolve beleza, profundidade e contradição.
chapéu
beachwear
são paulo -sp
A marca de Pablo Noronha e Talita de Araújo Carvalho tem grande influência da arte, design e de novas ideias. Junto com a OH K, desenvolveram uma estampa inspirada na descontrução dos padrões femininos em tempos atuais, chamada de “Espelho”.
CollaGG
artes plásticas
são paulo – sp
Ávida por expressar seus sentimentos e impressões sobre o mundo, Gabriella Garcia iniciou seus experimentos com colagem e desenho em 2011, abordando principalmente temáticas sobre a sexualidade. A obra traz intervenções de pintura, linhas e esculturas de papel.
denise mikowski
bordado & ilustração
são paulo – sp
Além de suas reconhecidas ilustrações botânicas, Denise também cria bordados usando fios de lã, que se transformam em quadros que instigam a curiosidade através de tons e texturas. A força e o misticismo por trás do sagrado feminino foi sua inspiração para a coleção Naked Lady.
Drê Magalhães
acessórios
são paulo – sp
Foi em um passatempo passado de mãe para filha que a paulistana Andreza Magalhães descobriu sua facilidade para trabalhos manuais. A inspiração em seus acessórios vem principalmente das formas arquitetônicas e o material mais expressivo da sua coleção é a corda, que aparece aqui para desamarrar preconceitos.
Dresscoração
moda
salvador – ba
O conceito da marca é trabalhar com matérias prima produzidas no Brasil, que tenham inegavelmente o pé na estética e herança africana. As peças de Loo Nascimento, cheias de cor e vida, são inspiradas diretamente no seu trabalho de pesquisa de referências.
Gary Gananian
fotografia
são paulo – sp
Nascido em Los Angeles, Gary lidera a Kinoosfera Filmes e participou do Naked Lady clicando um ensaio com Bruna Guerin, em busca de diferentes ângulos que retratam várias mulheres dentro de uma só.
Gypso
décor
são paulo – sp
Tina e Débora, duas amigas que desenlvovem a criação de suas peças com uma estética urbana e industrial, trazendo objetos contemporâneos para casa. O protagonista da Gypso é o concreto, que pode ser revisitado com delicadeza e feminilidade em pequenos objetos.
Inesplorato
curadoria de conhecimento
são paulo – sp
Por meio da Curadoria Direcionada, a Inesplorato apresenta o desconhecido para quem busca a evolução. Também inspira, ajudando indivíduos a criarem novas formas de se relacionar com o conhecimento. No projeto da OH K, contribui dividindo conosco uma pesquisa de gênero, que orientou reflexões sobre como marcas lidam com questões da mulher.
Joo
underwear
londrina – pr
A marca de Jo Oenning e Valdomiro Favoreto tem uma abordagem expressiva sobre as linhas do corpo feminino. As silhuetas em torno do contorno ou pensadas como camadas sobrepostas são criadas para expor o design como conceito e forma.
Livo
eyewear
são paulo -sp
A marca de Raphael Neves, Arthur Blaj e Guilherme Freire, tem óculos feitos à mão e todos os modelos são fabricados no Brasil utilizando um processo manual que garante a exclusividade e originalidade.
Luciana Elaiuy
poeta e escritora
são paulo – sp
Palavras em verso, conteúdo, objeto, música, branding, poster. De São Paulo, Luciana colabora criativamente em projetos de grandes ou pequenas marcas nas plataformas de música, branding, poesia, conteúdo, ou todas elas juntas.
Ludmyla Franca-Lypke
conteúdo
salvador – BA
Mestra em Direito (UFBA) e doutoranda em Ciência Política (Universidade Livre de Berlim). Atuou como professora universitária e pesquisadora em Salvador e em São Paulo. Tem uma filha de 5 anos. O interesse pelo feminismo surgiu na época da graduação, nos estudos sobre direitos humanos, se intensificando após ter vivido como mãe solteira e doutoranda no exterior.
Luiza Dias 111
acessórios
são paulo -sp
Na numerologia, o “111” remete a Vênus, planeta que rege a arte, harmonia, estética e beleza. Luiza traduz esses elementos em cores audazes e padrões destemidos, misturados de forma natural e intuitiva. As peças desenvolvidas misturam materiais pesados, porém frágeis e sua forma apresenta um equiilíbrio desarmônico.
Mocha
moda
rio de janeiro – rj
A marca de Lily Taira e Ana Voss, tem um estilo inusitado, chic e atemporal, para mulheres que buscam roupas duráveis e versáteis, na contramão do fast fashion e do consumo desmedido. O design clean e a estamparia dão o tom contemporâneo que traz muita personalidade às peças.
Naia Ceschin
artes plásticas
são paulo – sp
A designer de superfície Naia Ceschin quer estampar o mundo com técnicas digitais e manuais. Naia retrata a diversidade de elementos, formas e cores, da natureza tropical aos padrões gráficos, das cores vivas às texturas étnicas e geométricas. Para o Naked Lady, colaborou com folhas de palmeiras pintadas à mão.
Naira Mattia
fotografia
são paulo – sp
Afinal, o que é a mulher nua? Unindo formas orgânicas e tons que remetem a pele em experimentações estéticas, a fotógrafa Naira utilizou símbolos universais de feminilidade como centro das questões existenciais femininas.
Olive
décor
são paulo – sp
A ceramista Sofia Oliveira se inspirou nos diferentes tipos de corpos femininos para desenvolver uma coleção de vasos. A artista buscou enfatizar a importância da quebra dos esteriótipos de beleza, enxergando o respeito e diversidade em todas as formas.
Pedro Fonseca
foto & poesia
recife – pe
Pai de João, Irene e Teresa, que acredita que devemos usar a comunicação a favor da construção de um mundo melhor. Um dos projetos mais relevantes de Pedrinho é chamado A Olho Nu, onde ele fotografa mulheres e mostra através da nudez, suas histórias, medos e desejos.
Pietra Santurbano
poesia
são paulo – sp
Um menino buscando seu femenino. Praticante de cinema transcendental. Colaborou com poemas, insights e pensamentos que impulsionaram diretamente o nascimento do projeto Naked Lady.
Pomelo
décor
belo horizonte – mg
Produtos criados pela designer Débora Cruz que inovam ao utilizar materiais simples, por vezes reciclados, que se transformam e surpreendem na mistura de formas orgânicas e geométricas
Selvvva
décor
são paulo – sp
Criada por Denise Yui, Julia Rettmann e Marina Smit, três arquitetas que acreditam na influência positiva das plantas sobre os ambientes e as pessoas. Elas utilizam materiais como aço, compensado de madeira, cerâmica, pedras coloridas e cortiça para criar vasos e bases para plantas.
Verena Smit
artes plásticas
são paulo – sp
Artista visual brasileira afiada em explorar imagens, texto e o ressignificado de palavras, trazendo um novo contexto poético em suas obras. Verena é a responsável pelo trabalho sensível, porém forte e destemido.
Verkko
moda
rio de janeiro – rj
Com direção criativa da estilista Thaís Delgado, a marca busca produzir uma moda atemporal, sensual, elegante e minimalista. Tem como grande inspiração a temática urbana e gráfica e investe em modelagem feminina simples e confortável.